Dito isto, talvez percebam porque é que, depois de uma jornada em que perdemos em casa com o Porto, deixando o clube nortenho isolado no primeiro lugar do campeonato, aqui publico um texto com o título que podem ler mais acima.
Mas é verdade, no meio de tudo o que de mau aconteceu na sexta-feira, algo de bom sai desse clássico… Emerson, devido à sua expulsão, não vai poder jogar na próxima jornada da Liga (se tivéssemos sorte, a Liga castigava-o por mais de um jogo).
É que, apesar de já não podermos depender apenas de nós próprios, ainda falta algum campeonato e ainda é perfeitamente possível sermos campeões.
Bolas, se estamos com os mesmos pontos que o Braga e toda a comunicação social diz que os minhotos são candidatos ao título, o Benfica não é!?
Mas para conseguirmos lá chegar, temos de inverter este ciclo de maus resultados que se iniciou com a derrota em São Petersburgo e para isso é preciso mais força mental, motivação e voltar a jogar ao mais alto nível, com confiança.
Parece-me que, precisamente, jogar ao mais alto nível, será mais fácil com outro lateral-esquerdo que não Emerson e já que o brasileiro não vai poder jogar na próxima jornada da Liga, seria melhor começar já a substitui-lo no jogo da Champions.
Também esse jogo é essencial para o nosso futuro próximo, pois uma passagem aos ¼ de Final da competição internacional maior de clubes contém, não apenas o sucesso inerente ao prosseguir num contexto de tal importância e o regresso do Benfica ao seu devido lugar, entre as 8 melhores equipas da Europa, mas também uma importante injecção de moral para o resto da época.
Quem seria esse lateral-esquerdo que substituiria, desde já, o Emerson?
Tanto faz, acredito que, quer o Capdevilla, quer o Luís Martins, sejam uma melhor opção.
O espanhol tem experiência e futebol nos pés suficiente, tanto para jogar qualquer partida da Champions, como para aguentar a exigente ponta final do campeonato, na qual o Benfica não deverá ter qualquer deslize.
A questão será se a sua forma física lhe permite fazer este último terço da época no nível que se exige.
Quanto a Luís Martins, a sua frescura física, própria da sua juventude, não oferecerá nenhum obstáculo, antes pelo contrário.
A sua qualidade parece também inquestionável, fruto das opiniões de diversos técnicos e comentadores e ainda como mostra a sua assídua presença nas convocatórias e nas equipas iniciais da Selecção de sub-21.
Claro que, com a sua idade, tem ainda muito para evoluir, mas também essas são boas notícias, pois se o miúdo já é bom, podemos ter ali um já valioso diamante, para irmos delapidando com o tempo.
Ora parece-me ainda que os jogadores só evoluem jogando.
Poderia a sua juventude reflectir alguma imaturidade e nervosismo, indesejáveis em qualquer jogador titular do Benfica, principalmente em jogos decisivos como o de amanhã com o Zenit e em todos os que iremos disputar, para a Liga portuguesa?
Claro que, quanto mais experiente o jogador, mais maturidade terá e melhor controlará os seus nervos, mas o próprio Luís Martins, se bem se lembram, estreou-se precisamente num jogo da Champions e do que me lembro, não se portou nada mal.
Isto é, não pior do que o Emerson!
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