segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Atitude de adepto


De uma posição confortável, de avanço de 5 pontos para o Porto, em duas jornadas perdemos essa vantagem pontual e pior, exactamente nas duas últimas que antecedem o jogo com o clube nortenho.

A última destas jornadas foi jogada em Coimbra, contra a Académica e no final do jogo parece que alguns supostos adeptos insultaram a equipa e depois o próprio presidente Luís Filipe Vieira, à saída do estádio onde o jogo se disputou e que um outro (ou o mesmo?) grupo esperava o autocarro da comitiva benfiquista à entrada para a garagem do Estádio da Luz:

http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=743219

http://www.dn.pt/desporto/benfica/interior.aspx?content_id=2327287

http://relvado.aeiou.pt/benfica/vieira-acessa-discusao-com-adeptos-espera-na-luz-356246

Digo “supostos adeptos”, porque não me parece que quem actue desta forma seja um verdadeiro adepto.

Perdemos uma preciosa vantagem de 5 pontos que nos faria jogar em casa com o Porto sem pressão e independentemente do resultado ficaríamos sempre isolados em primeiro?

Sim.

Mas, se ganharmos esse jogo, como todos queremos e confiamos ser capazes, não regressaremos à condição de primeiro classificado isolado?

Sim, também.

Entretanto, permitam-me relembrar-vos que poderíamos, eventualmente, ter saído de Coimbra com os 3 pontos, caso o árbitro Hugo Miguel tivesse assinalado o que apenas ele e os seus assistentes parecem não ter visto, aos 58 minutos, ou seja o claríssimo pelnaty sobre Aimar (jogada na qual ele, não apenas não assinala grande penalidade, como marca falta atacante):

http://www.youtube.com/watch?v=Nlby9taGU0I

Jorge Jesus era o meu preferido para assumir o lugar de treinador do Benfica?

Não.

Mas, há 2 anos não fomos campeões, com ele a treinar a equipa, jogando o um futebol espectacular?

Fomos sim.

No ano seguinte (época passada) conseguiu Jesus repetir o sucesso?

Não, nem ao nível dos resultados, nem das exibições, mas também não foi tão desastroso como em muitos campeonatos anteriores (lembram-se dos sofríveis anos do final da década de 90?) e ficámos em segundo lugar, o mínimo exigível, o que nos concedeu o acesso à Liga dos Campeões, na qual este ano estamos a fazer uma campanha positiva e onde já encaixámos alguns milhões.

Este ano continuámos a piorar de qualidade, ou voltámos a aproximar-nos dos níveis da primeira época de Jesus no Benfica?

Claramente, parece-me que invertemos o sentido e além de um plantel que todos consideram até mais equilibrado que o de 2009/2010, o futebol apresentado pela equipa tem sido eficaz, de uma forma geral e com “elevada nota artística”.

Não merece, pois, esta equipa, um voto de confiança de todos os benfiquistas?

Claro que sim!

Estamos com os mesmos pontos do Porto, em primeiro lugar, mas dispomos de uma oportunidade, já no final desta semana, a jogar em casa, de os derrotar e ficarmos, como já referi, isolados em primeiro lugar, com 3 pontos de vantagem e ainda a vantagem do confronto directo (empatámos no Dragão).

Perdemos na Rússia, com o Zenit, mas por 3-2 e confio plenamente que conseguiremos ganhar a essa equipa, por qualquer que seja o resultado (não creio que eles marquem mais de 2 golos), em casa e assim seguir em frente para os Quartos-de-Final da Champions.

É claro que também podemos não ganhar esses jogos e ficarmos afastados das competições europeias e mais longe do objectivo de nos sagrarmos campeões nacionais…

Pode ser-se optimista, ou pessimista.

Dos pessimistas, que não acreditam que sejamos capazes de ganhar estes dois jogos, que acham que não temos capacidade mental depois de duas derrotas e um empate, que acham que Jorge Jesus vai continuar a inventar e a deixar o Witsel no banco, a fazer 2 substituições em separado, aos 83 e 85 minutos, quando estava em desvantagem no marcador e a tirar o Aimar para colocar o Djaló; desses, espera-se que fiquem em casa, aguardando o concretizar das suas sombrias profecias, podendo depois, caso se concretizem, gritar “eu bem dizia!”.

Dos optimistas, como eu, espera-se que, dando-se ao trabalho de sair de casa, seja para apoiar do princípio ao fim a equipa do Benfica, seja na Luz, seja fora, seja em casa, seja no café da esquina, seja hoje, amanhã, ou até final da época, no mínimo enquanto for possível (e hoje mais que possível, é perfeitamente plausível) alcançarmos os objectivos a que nos propomos, esperando que Jorge Jesus deixe de inventar e a deixar o Witsel no banco, a fazer 2 substituições em separado, aos 83 e 85 minutos, quando estava em desvantagem no marcador e a tirar o Aimar para colocar o Djaló.

Esta é a atitude inteligente!

Esta é a atitude de adepto!

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